domingo, 1 de novembro de 2015

Penso, Logo Deus Existe



O que faz você pensar? 

Qualquer pensamento tem uma origem. Mas qual é essa origem? A resposta mais simples e óbvia e que nosso cérebro que nos faz pensar.

Mas tente responder estas perguntas: de que cor é um pensamento? Que forma tem? Qual seu comprimento, massa, peso...? Quanto tempo leva para pensar?  Quando você pensa em episódios da infância ou em pessoas que conheceu, como essas lembranças ficam guardadas?  Como você acessa esses dados sempre que quer?  

A revista Newsweek publicou recentemente uma matéria comparando o cérebro de duas pessoas em estados mentais diferentes. As imagens coloridas feitas por ressonância magnética nos mostram um cérebro "normalmente consciente" e um cérebro de um budista em meditação profunda (samádi). Essas imagens mostram que áreas cerebrais diferentes "iluminam-se" de maneira correspondente aos diferentes estados do cérebro, influenciados por estados diferentes da mente. Entretanto, como lembra o filósofo Alfred Korzybski"um mapa não é um território". Os estados cerebrais são efeitos de causas que pertencem à mente.

Uma fotografia do cérebro não é uma fotografia da mente nem da consciência. Não há fotografia da mente porque a mente não é uma coisa física. Não podemos tirar fotografias de volições, intenções, atitudes, crenças, apegos, desapegos, concepções, significados, imagens de si mesmo, alegrias ou tristezas, porque essas coisas se originam na mente, e só se espelham no cérebro. O cérebro é o ponto de convergência entre a mente e o corpo físico. A mente tem propriedades que independem do cérebro.

... E o que é a mente? A mente é a consciência, e determina - em parte - o estado cerebral. Neste sentido, mostrar a imagem de um cérebro iluminado de determinada forma e afirmar que isso explica o samádi pode ser comparado a mostrar a fotografia de um pinheiro enfeitado de determinada maneira e afirmar que isso "explica" o natal.

O que nos faz pensar não é o cérebro, mas a consciência. E, em última análise, é o que nos faz concluir sobre a existência do sobrenatural. 

Assim como as formas físicas de energia radiante, o pensamento tem propriedades como amplitude, frequência, intensidade. E, por outro lado, também tem propriedades como apego, sentimento, discernimento... questões que têm a ver com a alma, com quem verdadeiramente somos. E estas são as mesmas propriedades que serão mantidas quando Deus nos transferir do corpo físico para um corpo glorificado, preparado para a eternidade.

Somos o que pensamos. Pensamos o que somos. 

Natural e sobrenatural!  Deus nos fez assim.  O cérebro morre, a mente não. Pensamentos e sentimentos continuarão conosco mesmo após a morte. 


René Descartes, em seu ceticismo, afirmou "cogito ergo sum" (penso, logo existo). Hoje, o legado de Descartes e de seu filho, o Iluminismo, nos permitem dizer, com toda certeza: Penso, logo Deus existe.

Nenhum comentário:

Postar um comentário